“O jornalista escreve vários livros e não se dá conta disso”, afirmou o repórter especial do Diário Gaúcho Renato Dornelles durante o painel Jornalistas na Literatura, na noite dessa quinta-feira, dia 21. A atividade abriu a 2ª Jornada Literária Jornalística, evento do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS) que ocorre no Memorial do Rio Grande do Sul, entidade apoiadora.
“Estamos evitando a palavra festa, pois é um momento de luta”, enfatizou o presidente do SINDJORS, Milton Simas, durante a fala inaugural, sobre a programação desenvolvida pela entidade para marcar os seus 75 anos de luta. “É dentro da Academia que a gente aprende a fazer jornalismo”, acrescentou ele, em defesa à obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.
“A literatura sempre esteve presente na minha vida”, pontuou Paulo Mendes, editor e colunista do Correio do Povo, que publicou trabalhos voltados para a transformação dos antigos tropeiros em profissionais de diferentes setores. “Eu consegui misturar literatura e jornalismo e isso tem me dado muita satisfação”, disse ele, que viu sua afinidade com o jornalismo florescer ainda pequeno, quando fez uma pequena matéria do furto de uma cabra da sua mãe.
“Somos escritores do dia a dia e temos que aproveitar bastante”, salientou Dornelles, que é autor de Falange Gaúcha e um dos idealizadores do documentário em longa-metragem Central.
Autor da biografia sobre os 30 anos da banda Engenheiros do Hawaii e repórter do Segundo Caderno de Zero Hora, Alexandre Lucchese falou sobre o caminho um tanto atípico que percorreu para chegar onde está e o sentimento que o motivou para escrever uma narrativa longa: “(notícias diárias dão a) sensação de castelinho de areia”.
A Jornada continua nesta sexta-feira, dia 22, com o painel Jornalismo Esportivo. Claudia Coutinho, Jones Lopes da Silva e Léo Gerchmann são os debatedores da noite.
Imprensa / Sindjors