Um estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) relatou ter sido mais uma vítima da ação truculenta da Brigada Militar. O jovem, que prefere não ser identificado, pois recebeu ameaças de policiais, estava fazendo uma pauta para a faculdade, na noite de sábado, dia 23, quando o caso ocorreu.
Conforme sua denúncia, ele estava fotografando uma blitz e acidentalmente derrubou um dos cones. A ação serviu como desculpa para ser preso e, no caminho para a delegacia, ser agredido verbal e fisicamente.
“Nós recebemos essa notícia com muita preocupação”, lastima o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS), Milton Simas. “Recentemente tivemos um estudante preso durante cobertura de uma manifestação, uma fotógrafa recebendo spray de pimenta no rosto e um repórter até mesmo indo parar no Presídio Central. Tudo isso acontece sem que o Estado mova uma palha contra tão graves violações”, acrescenta.
Os policiais também tiraram o cartão de memória do celular do estudante, que já prestou queixa e fez exame de corpo de delito.
“Estamos completamente solidários. Ficamos muito preocupados e acionamos a universidade pra dar assessoria a ele, ver de que forma podemos encaminhar a situação para que seja averiguada”, esclarece a coordenadora do curso de Jornalismo da UFSM, Laura Storch.
Imprensa / Sindjors