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Encontro com jornalistas marca início das atividades de GT Saúde

Para marcar oficialmente a criação do Grupo de Trabalho Saúde do Trabalhador Jornalista, formado por diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS e outros colegas interessados pelo tema, uma roda de conversa foi realizada na noite desta terça-feira, dia 20, no auditório da Aceg, em Porto Alegre.
 
No encontro informal, as mais de 20 pessoas que participaram da atividade puderam se apresentar e explicar os motivos que as levaram a participar do GT Saúde do Trabalhador Jornalista. Além de colegas de profissão, um advogado acompanhou o encontro. A condução do evento ficou a cargo da jornalista Márcia Camarano, militante no campo da saúde e uma das idealizadoras do GT.
 
Márcia critica a despreocupação das empresas com seus funcionários e aponta alguns problemas que podem acometer os jornalistas. “Hoje as questões físicas estão sendo suplantadas por problemas de ordem mental”, destaca. Ela lembra que o adoecimento não pode ser individualizado, porque atinge também as pessoas que convivem com o profissional.
 
A proposta do GT, explicada durante a atividade, é realizar um mapeamento da saúde dos jornalistas gaúchos, identificando as principais causas de adoecimento da categoria para poder explorar questões de prevenção destes quadros. Para isso, o seminário contou com a participação de dois trabalhadores que atuam em questões relacionadas à saúde dentro das entidades que representam.
 
Alfredo Gonçalves, diretor de Saúde do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre e coordenador do Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador (FSST), contribuiu com relatos de sua experiência em favor da categoria. Ele destaca que toda a pessoa que adoece tem direito a acessar a previdência social. “O que a previdência tem que fazer é cobrar de quem leva ao adoecimento do trabalhador”, aponta Gonçalves.
 
O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador da Secretaria de Saúde do Governo do Estado, Fábio Kalil, entende que um dos problemas a ser enfrentado é a ocultação do adoecimento ou assédio moral. “É como se a pessoa sofresse uma agressão física. Ninguém conta que apanhou por vergonha”, compara. De acordo com Kalil, a identificação das causas que levam aos problemas de saúde dos trabalhadores é importante para que se possa relacionar o afastamento deste profissional às situações que ele enfrentava no ambiente de trabalho.
 
Entre as próximas realizações do GT Saúde do Trabalhador Jornalista está a organização de um seminário estadual, marcado para o segundo semestre, em Porto Alegre, com a participação de profissionais que atuam na pesquisa que relaciona o trabalho dos jornalistas ao adoecimento físico e mental dos mesmos.
 
 
Fonte: Imprensa/SINDJORS
Publicada em 21/05/2014 20:02


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