O episódio envolvendo uma abordagem policial não justificada do palestrante Paulo Sérgio Medeiros Barbosa no Fórum Social Mundial Temático em Porto Alegre, no dia 21 de janeiro, mobilizou organizações para a realização de um ato que alerte para o tratamento das autoridades de segurança pública com a população negra.
Entenda o caso
Sob a alegação de que o professor pernambucano apresentava “atitude suspeita”, a Brigada Militar abordou Barbosa no Parque da Redenção, impedindo sua passagem em direção ao Auditório Araújo Viana, onde ministraria sua palestra.
Um grupo de ativistas presentes ao local pediu sua liberação, garantida, segundo relatos, após intervenção de um advogado. Durante a confusão, uma equipe de reportagem da TVE gravou imagens e sonoras com os envolvidos, tanto ativistas quanto policiais. Contudo, a matéria gerada não foi ao ar.
Diante de tal situação, o Sindicato dos Jornalistas profissionais do Rio Grande do Sul e outras entidades da sociedade civil organizada apresentaram moção de repúdio ao episódio.
Também foi protocolado, no dia 29, um pedido de audiência pública com o governador do Estado e com os titulares das secretarias de Comunicação, Direitos Humanos e Justiça e Segurança Pública, para tratar do procedimento adotado pela Brigada Militar e sobre a censura pela não veiculação do conteúdo produzido.
Mobilizações são programadas para março
Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade, autoridades e imprensa para a discriminação contra a população negra em nosso Estado, um ato unificado será realizado em 21 de março, dia internacional contra a discriminação racial. Duas reuniões já foram realizadas para definir a organização das atividades e mais um encontro está marcado para a próxima quinta-feira, dia 11 de fevereiro, às 16h, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul.
Próxima reunião será no dia 11/02. Foto: Bruna Fernanda Suptitz
Fonte: Imprensa/SINDJORS
Publicada em 05/02/2016 16:17
