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Entidades realizam ato contra discriminação racial em Porto Alegre no próximo dia 21

A CUT-RS, em conjunto com entidades dos movimentos sociais, irá realizar na próxima segunda-feira (21), a partir das 16h30, um ato público contra a discriminação racial na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre.
 
Com o tema “Somos todos iguais, sem censura, sem racismo, sem violência. Contra o golpe, pela democracia e a garantia de direitos”, o objetivo é chamar a atenção da sociedade, autoridades e imprensa para o tratamento discriminatório que sofre a população negra no Estado.
 
“O 21 de março é Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. É importante demarcamos essa data e denunciar o racismo e a censura que ocorreram no Fórum Social Temático (FST), em janeiro deste ano, além de debatermos com a sociedade a importância de uma sociedade igualitária”, explica a secretária pela Igualdade Racial da CUT-RS, Angélica Nascimento. 
 
A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em referência ao Massacre de Sharpeville. Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20 mil faziam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.
 
A discriminação no FST
 
Sob a alegação de “atitude suspeita”, a Brigada Militar abordou o professor pernambucano Paulo Sérgio Medeiros Barbosa no FST, no dia 21 de janeiro, no Parque da Redenção, na capital gaúcha, impedindo a sua ida em direção ao Auditório Araújo Viana, onde ministraria sua palestra.
 
Um grupo de ativistas presentes ao local pediu a sua liberação, garantida, segundo relatos, após a intervenção de um advogado. Durante a confusão, uma equipe de reportagem da TVE gravou imagens e sonoras com os envolvidos, tanto ativistas quanto policiais. Contudo, a matéria gerada não foi ao ar até hoje.
 
Após o ocorrido, inúmeras entidades assinaram uma moção de repúdio ao episódio. No dia 29 de janeiro, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e outras entidades protocolaram um pedido de audiência com o governador do Estado e com os titulares das secretarias de Comunicação, Direitos Humanos e Justiça e Segurança Pública para tratar do procedimento adotado pela Brigada Militar e sobre a censura pela não veiculação do conteúdo produzido.
 
“Desde o final de janeiro, estamos aguardando uma resposta. São temas importantes que estão envolvidos no fato, como a censura e a discriminação racial e o governo Sartori não se manifesta”, cobra Angélica.
 
 
Fonte: CUT-RS
Publicada em 15/03/2016 19:35


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