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“Outro mundo só é possível com outra informação”

Modelos alternativos de comunicação surgem em contextos necessários, como de cerceamento da informação. Isso ocorreu durante o período da ditadura civil-militar no Brasil, quando jornais e revistas como O Pasquim e Coojornal, entre outros, faziam denúncias ao governo que não tinham espaço em outras mídias.


Hoje, o que se observa é um momento onde a informação é seletiva, divulgada para atender aos interesses de determinados grupos políticos e econômicos. Da mesma maneira que se observa num regime de exceção, este é um momento em que um novo modelo de produção de conteúdo se faz necessário.


A disputa da hegemonia da comunicação, na observação da professora de jornalismo Christa Berger, surge agora a partir da conscientização de que é preciso encontrar uma alternativa ao que está posto pelos grandes veículos. “Outro mundo só é possível com outra informação. Não podemos pensar em terminar esse movimento sem que resulte em mudança”, avalia.


Mestre em Ciências Sociais e Doutora em Ciências da Comunicação, Christa ministrará aula pública com o tema “O papel da mídia no golpe”. A atividade será nesta quinta-feira, dia 14, a partir das 18h, no Acampamento da Legalidade, na Praça da Matriz de Porto Alegre.


Participará também o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Milton Simas. Para ele, “os grandes veículos têm se comportado de forma pouco ética com o posicionamento a favor do golpe. Espaços como este são democráticos e oportunos para abordar o tema da democratização da comunicação, assunto que não tem eco na grande mídia”, destaca.


Um pouco antes, às 17h, também no acampamento, será lançado o “Varal de Charges e Cartuns em Defesa da Democracia”, com exposição do trabalho de artistas gaúchos como Santiago, Edgar Vasques, Augusto Bier e Eugênio Neves.

Publicada em 14/04/2016 18:40


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