A proposta de reajuste salarial dos profissionais de comunicação, elaborada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS), foi rejeitada por unanimidade durante reunião da patronal. O comunicado foi apresentado ao presidente do Sindicato, Milton Simas, no final da manhã desta quarta-feira, dia 12.
Com o retorno negativo e entendendo que a proposta não dialoga com a expectativa de todos os profissionais de jornalismo, o Sindicato informa que o que está para apreciação da categoria é a reposição do INPC (6,95%), aumento real de 2% para o piso do interior e 1% para o piso da capital.
Em reunião realizada na última semana (04/02), o Sindicato levou à patronal uma nova proposta de acordo. Na ocasião, os Sindicatos das Empresas de Rádio e Televisão (Sindirádio) e das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas (Sindijore) não aceitou se reunir com os representantes das redações, que desejavam participar do encontro. Participaram das negociações o presidente Milton Simas, o primeiro-secretário, Ludwig Larré, e o assessor jurídico, Antônio Carlos Porto.
Diante da negativa da patronal, o SINDJORS convoca nova assembleia geral. “Não existe mais margem de diálogo ou negociação para que possamos avançar nessa questão, tendo em vista que já se passaram nove meses do início da nossa campanha salarial”, avalia Simas. O encontro acontecerá às 15h de sábado, dia 22 de fevereiro, no auditório da Associação de Cronistas Esportivos Gaúchos (ACEG), Rua dos Andradas, 1270.
O presidente do Sindicato espera a participação dos jornalistas neste momento propício para debater a aceitação da proposta que está na mesa. “Infelizmente não houve entendimento, por parte dos patrões, de valorizar a categoria, em especial aqueles que ganham acima do piso”, declarou o dirigente. “Do início ao fim das negociações prevaleceu o não por parte da patronal. O cenário não se alterou, mesmo depois de inúmeras reuniões, mobilização da categoria e adesão de diferentes setores da sociedade gaúcha. Os patrões seguem intransigentes”, observa Simas.
A proposta formulada e apresentada na semana passada à patronal pleiteava reposição do INPC, aumento real de 2,5% para o piso do interior, 1,5% para o piso da capital e 1% para todos os demais salários até o teto de três pisos. Diante da resistência patronal a esses índices, com a argumentação de que a assembleia dos proprietários de veículos de comunicação já havia rejeitado proposta em patamar inferior a essa, foi apresentada a segunda opção construída pelos colegas das redações, com reposição do INPC e aumento real de 2% para o piso do interior, 1% para o piso da capital e 1% para todos os demais salários até o teto de três pisos.
Fonte: Imprensa/SINDJORS
