Artistas, cientistas e intelectuais vão encaminhar, nesta segunda-feira, dia 9, carta aberta ao governo do Estado com um apelo para que sejam suspensos os procedimentos que vão extinguir nove fundações. O documento terá lançamento público no mesmo dia, às 18h, no Chalé da Praça XV, em Porto Alegre.
Convencido de que o governo não proporcionou à sociedade gaúcha a chance de debate sobre seu patrimônio e não ouviu os apelos e protestos de muitos cidadãos reconhecidos em suas áreas de atuação, o grupo pede que se estabeleça um fórum de diálogo e negociação, com representantes das organizações da sociedade civil e especialistas das áreas de conhecimento científico, tecnológico e cultural.
Dentre os signatários estão nomes como os ex-reitores da UFRGS Carlos Alexandre Neto e Hélgio Trindade, cientistas e professores como Ivan Izquierdo, Pedro Dutra Fonseca, Maria Beatriz Luce e Luis Osvaldo Leite, escritores como Luis Fernando Veríssimo, Sérgio Faraco, Armindo Trevisan, Luis Antônio de Assis Brasil e Luis Augusto Fischer, além de artistas como Nei Lisboa, Zorávia Bettiol e Jorge Furtado. Para o grupo, é necessário negociar com todos os segmentos que expressem a diversidade de posições existentes.
O texto é contundente quanto aos prejuízos para o patrimônio cultural e científico do Estado, caso o governo dê curso aos processos de extinção: “extinguir Fundações de pesquisa, de planejamento e de cultura, como é o caso de FEE, FDRH, FZB, FEPAGRO, CIENTEC, FEPPS, METROPLAN, FIGTF, Piratini (TVE e FM Cultura), significa muito mais do que fechar os 1.200 postos de trabalho e, assim, diminuir despesas: os senhores e a população bem informada sabem que, com essas Fundações, se vai parte fundamental da possibilidade de desenvolvimento científico, tecnológico e cultural do estado. Sem elas, surgirão despesas novas, porque tanto o governo atual quanto os futuros inevitavelmente precisarão contratar empresas que prestem os serviços que elas hoje realizam”.
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Os autores também destacam a grandeza em recuar e construir coletivamente decisões tão impactantes: “a grandeza e a biografia dos senhores como gestores públicos, neste momento, estão na aceitação do lado justo e democrático da equação política – o lado das informações transparentes, do debate público qualificado e da negociação das decisões que se mostrarem melhores para o Rio Grande do Sul”.
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Imprensa / Sindjors